JORNADA INTERNACIONAL PELOS
CINCO
Vozes unidas em um clamor de justiça
Nuria Barbosa León
SETEMBRO provoca os amigos
solidários com Cuba a realizar diferentes ações, com
o fim de exigir a liberdade dos heróis
antiterroristas cubanos presos nos Estados Unidos e
participar do 10º Colóquio pela Liberdade dos Cinco
e contra o Terrorismo, que no fechamento desta
edição devia ter começado em Havana.
Para o evento se reunirão na capital
cubana personalidades de aproximadamente 50 países,
entre eles, o vice-presidente do Conselho de Igrejas
e diretor do Instituto para Sarar as Recordações, o
padre sul-africano Michael Lapsley, que expressou à
imprensa seu anelo pelo retorno de Gerardo
Hernández, Ramón Labañino e Antonio Guerrero, fontes
de inspiração por sua trajetória exemplar.
Perante Fernando González e René
González, já libertados após cumprirem suas
sentenças, Michael Lapsley contou sua experiência
nas sete visitas realizadas ao cárcere de máxima
segurança, em Victorville, para visitar Gerardo:
"Desde a primeira vez que o visitei, lembrei os
líderes sul-africanos que passaram décadas em prisão
por acreditarem numa causa humana, na justiça e na
paz".
Descreveu as condições deprimentes
da prisão, com réus perigosos, mas salientou que o
espírito do patriota cubano se mantém ativo: "Jamais
ele esquece agradecer a todos aqueles que se mostram
solidários com sua causa na África do Sul e em todos
lados do mundo".
Em 1990, depois de uma visita a
Cuba, Lapsley recebeu uma carta-bomba e a explosão
lhe provocou a perda das duas mãos, com danos
irreparáveis nos tímpanos e num olho. Apesar disto,
continuou defendendo a Revolução cubana e as causas
justas do mundo.
Da Alemanha chegaram vários
ativistas da organização Cuba Sim, junto ao
coordenador Konstantin Seeger, que no evento falarão
da experiência na divulgação do tema dos Cinco nas
redes virtuais, para romper o silêncio dos grandes
monopólios da informação.
A delegação alemã também é formada
por jovens da Universidade Técnica de Berlim,
liderados pelo professor Oliver Rump, a cargo de uma
pesquisa documentar baseada na vida de Tamara Bunke
Bíder, (Tania) na guerrilha de Che Guevara na
Bolívia.
Eles anunciaram a realização de uma
manifestação em frente da embaixada dos EUA na
capital alemã, para integrar a grande jornada
mundial, iniciada em 4 de setembro, em recordação do
assassinato do jovem italiano Fabio Di Celmo, por
causa da explosão de uma bomba colocada num hotel de
Havana, em 1997.
Com a recordação da sabotagem ao
avião da Cubana em Barbados, com um saldo de 73
mortos, em 6 de outubro de 1976, terminará esta
jornada, que pretende efetuar protestos públicos,
eventos teóricos, passeatas, envio de mensagens à
Casa Branca e outras ações para denunciar a
injustiça cometida contra os lutadores
antiterroristas cubanos e exigir a imediata
liberdade dos três que ainda continuam presos.
A presidenta do Instituto Cubano de
Amizade com os Povos, Kenia Serrano Puig, comentou
sobre a realização de mais de 110 ações de conotação
pública em 38 países para este mês de setembro, que
tem como ponto central um protesto em frente da Casa
Branca, a visita a congressistas e senadores
estadunidenses e o desenvolvimento do Colóquio em
Cuba.
Os italianos Marco Papacci e
Virginio Di Gregorio vão expr como foram colocados
em Roma vários outdoors de 21 metros de altura e
como foram distribuídos mais de 5 mil cartazes pelas
principais avenidas, no momento da visita de Barack
Obama, algo que despertou a curiosidade da imprensa.
Também vão fazer referência a uma carta assinada por
37 deputados e senadores de seu país, entregue na
embaixada dos EUA em Roma, durante a visita do
presidente estadunidense.
Entretanto, sua compatriota Enrica
Mendo, da cidade de Torinto, se inscreveu no evento
para transmitir aos membros da organização de
amizade Itália-Cuba de sua cidade as experiências
desenvolvidas noutros lugares e potencializar novas
iniciativas.
Sob o lema "16 anos é muito tempo,
nem um minuto mais", as pessoas solidárias do mundo
vão expressar-se contra a injustiça para
solidarizar-se com a causa, cuja solução não admite
mais dilações.
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