Presos Políticos do Império| MIAMI 5      

     

Só TEXTO|Assinatura jornal impreso| 

 C U B A

Havana. 10 Setembro, de 2014

"Fidel é que convoca"
• Diálogo com Roberto Chile por ocasião de sua exposição
sobre o líder histórico da Revolução cubana

Yenia Silva Correa

DESDE 13 de agosto e até 28 de setembro foi aberta ao público, no museu Memorial José Martí, a exposição fotográfica e audiovisual Fidel é Fidel, do destacado cineasta cubano Roberto Chile.

A repercussão nos meios e a aceitação do público o confirmam as mais de 5.300 pessoas que até 30 de agosto tinham visitado o lugar. Sobre este tema o Granma Internacional dialogou com o autor das imagens.

Falemos da aceitação que teve a exposição.

"Esta é uma exposição dum filho deste povo. É uma homenagem a Fidel, mas também ao povo que todos estes anos viveu vendo-o e lutando com ele".

"O maior prêmio não é somente ter conseguido tanta concorrência do público na inauguração, uma concorrência incomum comparada com todas as exposições que historicamente se têm realizado aqui no Memorial, senão a concorrência que teve depois".

"Vieram pessoas de todos os setores da população: pais com seus filhos, estudantes, jovens, militares, trabalhadores da imprensa, enfim... o povo em geral".

"Eu diria que vêm não para ver estas fotografias e estes audiovisuais, senão para reencontrar-se com Fidel. Esta é uma exposição popular e, como eu dizia o dia da inauguração, quem convoca não é Chile, Fidel é que convoca e as pessoas responderam a essa convocatória".

"Há crianças que o redescobriram, jovens que o têm visto depois de muito tempo e adultos que sentiram uma grande emoção, pois me comentavam que valeu a pena tudo isto porque se sente como um reencontro com esse guerrilheiro com quem estiveram durante muitos anos de sua vida, sendo parte indissolúvel da nação cubana".

Qual o papel da figura de Fidel Castro em sua obra?

"Desde 1984, aproximadamente, tive a tarefa de acompanhá-lo a todos lados. Estive com ele durante mais de 25 anos: desde os lugares mais inóspitos de Cuba até muitos países que visitamos, quer por eventos quer por visitas de governo".

"Lembro com muita admiração sua relação com o povo, seus vínculos com as pessoas do nosso país e de todos lados, e ter estado com ele em atos nacionais, em visitas a usinas, a fábricas, a cidades..."

"Jamais esqueço que onde havia um furacão, aí estava Fidel, onde havia um desastre, um acidente, um problema, aí estava Fidel e nos junto dele".

"As vivências que tenho da história da Revolução nestes últimos 30 anos são infinitas, e isso é por ter estado com ele, por tê-lo acompanhado, e por ter dedicado os melhores anos da minha vida a compartilhar essa aventura histórica".

O que está fazendo o senhor atualmente?

"A tarefa principal que temos agora é salvaguardar estas imagens, conseguir que este tesouro audiovisual que conservamos em nossos arquivos se possa salvar para que os jovens e as crianças que ainda não têm nascido possam conhecer o Fidel que nos vimos, possam conhecer os anos de Revolução que nos vivemos e os valores culturais e históricos que tem esta nação e que nós fomos testemunhas disso".

"Além do mais, estou trabalhando numa série que temos intitulado preliminarmente Raíces. É uma série fotográfica que também vai incluir audiovisual, embora não documentário, sobre as raízes africanas do nosso povo, com um olhar não religioso, mas sim cultural, voltado para as religiões cubanas de origem africana".

"Vou continuar uma série que fiz e que teve grande repercussão dentro e fora de Cuba, que intitulamos Afrodescendientes, Guanabacoa, Cuba, mas neste caso nos temos estendido a outros lugares da capital e do país".

"Já estivemos em muitas cidades: Jaguey Grande, Agramonte, Perico, e vamos tentar ir a Matanzas, Cárdenas, Camaguey e Oriente, para conhecer sobre esta herança africana que a vida nos legou e que tanto enriquece nossa cultura".

"Não se pode dizer que conhecemos a cultura cubana se não sabemos quem é Oxum, quem é Xango, Eleguá. Mas tampouco se pode falar de cultura cubana sem ter claro que é uma mistura diversa de todas as cores, todas as crenças, todo o ímpeto pela vida que nos legou essa mestiçagem de espanhol, africano, árabe e chinês que todos temos".
 

IMPRIMIR ESTE MATERIAL


Diretor Geral: Pelayo Terry Cuervo. Diretor Editorial: Gustavo Becerra Estorino
HOSPEDAGEM: Teledatos-Cubaweb. Havana
Granma Internacional Digital: http://www.granma.cu/

  Inglês | Francês | Espanhol | Alemão | Italiano | Só TEXTO
Só TEXTO / Assinatura jornal impreso

© Copyright. 1996-2014. Todos os direitos reservados. GRANMA INTERNACIONAL/ EDICAO DIGITAL

Subir